sábado, 19 de abril de 2014

AH MINHA PORTELA...














Desfile da Portela , minha escola de samba em2008. Ela veio como sempre linda mas, toda azul e branca com sua águia de Neon. Com um samba enredo maravilhoso! 10 PORTELA é nota 10 sempre campeã no meu coração!
Nossa quando eu falo da Portela o coração fica apertado!
Morar no Rio de janeiro tem dessas coisas. É do carioca o futebol, o samba, as praias, o céu, o mar. O carioca tem a boêmia no sangue! A gente veste a camisa do nosso time, da nossa escola de samba, da nossa cidade. E o carioca ama o Rio de janeiro; não é a toa que diz assim a música RIO DE JANEIRO GOSTO DE VOCÊ. GOSTO DE QUEM GOSTA DESSE CÉU, DESSE MAR, DESSA GENTE FELIZ ! ...ou então O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO! O RIO DE JANEIRO CONTINUA SENDO... ou COPACABANA PRINCEZINHA DO MAR... ainda:DA JANELA VÊ-SE O CORCOVADO O REDENTOR QUE LINDO!... e também
RIO 40°...
Aqui é um coração carioca falando da Portela.
Quem não se lembra da música do Paulinho da Viola: Foi um rio que passou em minha vida? Eu igual a ele posso dizer “ AH MINHA PORTELA ...”
Então coloquei um pouco da história da Portela e as letras dos samba enredos que mais marcaram para mim.


Foi um rio que passou em minha vida...
(Paulinho da Viola)


Se um dia meu coração for consultado
Para saber se andou errado
Será difícil negar
Meu coração tem mania de amor
Amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos ficou, ficou
Só um amor pode apagar
Porém (ai, porém)
Há um caso diferente que marcou num breve tempo
Meu coração para sempre
Era dia de carnaval
Carregava uma tristeza
Não pensava em outro amor
Quando alguém que não me lembro anunciou:
Portela! Portela!
O samba trazendo alvorada
Meu coração conquistou
Ai, minha Portela, quando vi você passar
Senti o meu coração apressado
Todo o meu corpo tomado
Minha alegria voltar
Não posso definir aquele azul
Não era do céu; nem era do mar
Foi um rio que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar.

Para ouvir e matar as saudades desse grande sussesso do Paulinho da Viola Portelense fervoroso é só copiar e colar A url no seu navegador é um vídeo do YOU TUBE. Vale a pena recordar!

Samba Enredo 1974 - O Mundo Melhor de Pixinguinha (Pizindin)
G.R.E.S. Portela (RJ)
Composição: Jair Amorim, Evaldo Gouveia e Velha


Lá vem Portela
Com Pixinguinha em seu altar
E altar de escola é o samba
Que a gente faz
E na rua vem cantar
Portela
Teu carinhoso tema é oração
Pra falar de quem ficou
Como devoção
Em nosso coração

Pizindin! Pizindin! Pizindin!
Era assim que a vovó
Pixinguinha chamava
Menino bom na sua língua natal
Menino bom que se tornou imortal
A roseira dá
Rosa em botão
Pixinguinha dá
Rosa, canção
E a canção bonita é como a flor
Que tem perfume e cor
E ele
Que era um poema de ternura e paz
Fez um buquê que
não se esquece mais
De rosas musicais
Lá vem Portela...


Samba Enredo 1975 - Macunaíma
G.R.E.S. Portela (RJ)
Composição: David Corrêa e Norival Reis


Portela apresenta
Do folclore tradições
Milagres do sertão à mata virgem
Assombrada com mil tentações
Cy, a rainha mãe do mato, oi
Macunaíma fascinou
Ao luar se fez poema
Mas ao filho encarnado
Toda maldição legou



Macunaíma índio branco catimbeiro
Negro sonso feiticeiro
Mata a cobra e dá um nó


Cy, em forma de estrela
À Macunaíma dá
Um talismã que ele perde e sai a vagar
Canta o uirapuru e encanta
Liberta a mágoa do seu triste coração
Negrinho do pastoreio foi a sua salvação
E derrotando o gigante
Era uma vez Piaiman
Macunaíma volta com o muiraquitã
Marupiara na luta e no amor
Quando para a pedra para sempre o monstro levou
O nosso herói assim cantou

Vou-me embora, vou-me embora
Eu aqui volto mais não
Vou morar no infinito
E virar constelação

Samba Enredo - 1972 Ilu Ayê
G.R.E.S. Portela (RJ)
Composição: Cabana E Norival Reis


Ilu Ayê, Ilu Ayê Odara
Negro dançava na Nação Nagô

Depois chorou lamento de senzala
Tão longe estava de sua Ilu Ayê
Tempo passou ôô
E no terreirão da Casa Grande
Negro diz tudo que pode dizer

É samba, é batuque, é reza
É dança, é ladainha
Negro joga capoeira
E faz louvação à rainha

Hoje
Negro é terra, negro é vida
Na mutação do tempo
Desfilando na avenida
Negro é sensacional
É toda a festa de um povo
E dono do carnaval

Essa Gente Bronzeada Mostra Seu Valor (1996)
G.R.E.S. Portela (RJ)
Composição: Jorginho Don, Picolé da Portela, Renatinho do
Sambola e Carlinhos Careca


Chegou a hora
Portela alegremente vem cantar (lá laiá lá)
Com um brilho atraente de swing irreverente
Fazendo assim o mundo inteiro "delirar" (ô delirar)
Melodias que se tornaram marcantes
De artistas delirantes
Iluminados pela estrela do criar
Como "Memórias" de Paulinho da Viola
Ismael, mestre Cartola
Eu vou cantando para os males espantar

Canta iaiá pra ioiô, canta ioiô pra iaiá
Um samba quente, um chorinho de amor (eu vou)
Na onda do iê-iê-iê, eu sou o rei pra você
Fazendo a festa até o dia amanhecer

"Chega de saudade"
Meu peito invade, eu lembro do meu amor
Linda é a "Garota de Ipanema", seu gingado é um poema
Na "Asa Branca" sou eterno sonhador
"Pra não dizer que não falei das flores"
Vou me expressar mostrando todo o meu valor
Eu sou a arte que embala a esperança
Onde passo sou bonança
Bela "Aquarela Brasileira" decantou

A Portela demorou, mas abalou
E o povo canta novamente, já ganhou


Das Maravilhas do Mar, Fez-se o Esplendor de Uma Noite
(1981)
G.R.E.S. Portela (RJ)


Deixa me encantar, com tudo teu, e revelar, lalaiá lá
O que vai acontecer nesta noite de esplendor
O mar subiu na linha do horizonte, desaguando como fonte
Ao vento a ilusão desce
O mar, ô o mar, por onde andei mareou, mareou
Rolou na dança das ondas, no verso do cantador
Dança que tá na roda, roda de brincar
Prosa na boca do tempo e vem marear ( Eis o
cortejo... )
Eis o cortejo irreal, com as maravilhas do mar
Fazendo o meu carnaval, é a vida a brincar
A luz raiou pra clarear a poesia
Num sentimento que desperta na folia ( Amor, amor ... )
Amor, sorria, ô ô ô, um novo dia despertou
E lá vou eu, pela imensidão do mar
Nessa onda que corta a avenida de espuma, me arrasta a
sambar (
E lá vou eu... )
E lá vou eu, pela imensidão do mar
Nessa onda que corta a avenida de espuma, me arrasta a
sambar

Contos de Areia (1984)
G.R.E.S. Portela (RJ)


Bahia é um encanto a mais
Visão de aquarela
E no ABC dos Orixás
Oraniah é Paulo da Portela
Um mundo azul e branco
O deus negro fez nascer
Paulo Benjamim de Oliveira
Fez esse mundo crescer (okê-okê)

Okê-okê, Oxossi
Faz nossa gente sambar (bis)
Okê-okê, Natal
Portela é canto no ar

Jogo feito, banca forte
Qual foi o bicho que deu?
Deu águia, símbolo da sorte
Pois vintes vezes venceu

É cheiro de mato
É terra molhada (bis)
É Clara Guerreira
Lá vem trovoada

Epa hei, Iansã! Epa hei! (bis)

Na ginga do estandarte
Portela derrama arte
Neste enredo sem igual
Faz da vida poesia
E canta sua alegria
Em tempo de carnava


G.R.E.S. PORTELA

Portela, uma das mais antigas e tradicionais agremiações do Rio de Janeiro. Mantém - até hoje não alcançada por qualquer outra co-irmã 21 títulos conquistados no carnaval carioca. Trata-se de uma entidade única do samba, que participou ativamente da história dos desfiles, muitas das vezes como protagonista.

Alguns blocos cruzaram a história da Portela antes de sua fundação, em 1923: Quem Fala de Nós Come Mosca, liderado por Dona Esther Maria de Jesus, influente senhora de Oswaldo Cruz que organizava em sua casa rodas de samba com Pixinguinha, Cartola e Donga; Baianinhas de Oswaldo Cruz, que tinha entre seus componentes Paulo Benjamim de Oliveira, mais conhecido como Paulo da Portela; e Conjunto de Oswaldo Cruz, que surgiu com o fim das Baianinhas e depois mudou de nome para Nos Faz É O Capricho e, finalmente, Vai Como Pode.


É impossível falar da Portela e não fazer referência a um nome pioneiro não só para a história da azul-e-branca, mas também para a consolidação do carnaval no Rio: Paulo da Portela. Exímio compositor, Paulo já militava em prol da legitimação do samba como manifestação cultural do povo – e não mais um caso de polícia, como era encarado antes. Os blocos sob seu comando primavam pela organização: não havia badernas nem tumultos. Com ele, a vagabundagem característica dos anos 20 não tinha vez. As rodas de samba comandadas por Paulo da Portela eram um espaço, sobretudo, para a família e para os apreciadores do ritmo.

Em 1935, a prefeitura incluiu no calendário da cidade o desfile das escolas de samba. Era o que faltava para torná-las, de fato, oficiais. Na época, o prefeito Pedro Ernesto chegou a liberar uma subvenção de dois contos e quinhentos para as agremiações. À frente da Vai Como Pode,que já tinha se transformado em uma escola de samba, Paulo resolveu apresentar sua comunidade na Praça XI com o nome Portela, que, naquele ano, conquistou seu primeiro campeonato com "O samba dominando o mundo".

Era o prenúncio de uma história de sucesso da águia, símbolo da escola. A Portela conquistou fama pela disciplina dos componentes (que, diga-se de passagem, desfilavam muito bem-vestidos, dos pés à cabeça), e por introduzir novidades que inspiraram outras agremiações: a primeira alegoria, a comissão de frente uniformizada, o primeiro samba-enredo e o uso de instrumentos como a caixa-surda e o reco-reco.

Nos anos 40, outro feito histórico: de 1941 a 1947, a Portela conquistou o primeiro lugar. Só dava ela, a única heptacampeã do carnaval carioca. Mas também foi uma década triste para Oswaldo Cruz. Em 1949, o fundador Paulo da Portela morreu brigado com a escola que tanto contribuiu para consolidá-la no panteão do carnaval carioca. Uma estabilidade que, diga-se de passagem, muito se deveu aos grandes sambas assinados pela nata de compositores da azul-e-branca: Monarco, Waldir 59, Candeia e Zé Kéti.

Uma das tradições da Portela é a de acolher figuras ilustres em sua comunidade. Uma delas é Paulinho da Viola. O cantor fez sua estréia em Oswaldo Cruz em 1966, aos 22 anos, ganhando a disputa de sambas com uma obra rebuscada, de 45 versos, sobre o livro "Memórias de um sargento de milícias". Difícil de cantar? Não na Avenida. A composição ajudou a escola a colecionar mais um título ao seu currículo.

Clara Nunes, cantora que despontava na MPB, também escreveu seu capítulo na história da Portela. Foi nos anos 70, ajudando a puxar uma seqüência de sambas memoráveis: "Ilu Ayê" (1972), "Pasárgada, o amigo do rei" (1973), "O mundo melhor de Pixinguinha" (1974) e "Macunaíma, herói de nossa gente" (1975). Esta, por sinal, é uma década sempre lembrada pela comunidade azul-e-branca : foi a última vez em que a escola sagrou-se campeã, sozinha e absoluta, com "Lendas e mistérios da Amazônia", em 1970.

Dos anos 80 para cá, foram muitos altos e baixos. A veterana emplacou outras duas vitórias (1980 e 1984), ainda assim dividindo o título com outras co-irmãs. Em 1995, não levou o
campeonato, mas quase chegou lá, com o ótimo "Gosto de me enrosco" ("Abram alas, deixa a Portela passar, é voz que não se cala, é canto de alegria do ar"). Foi a vice-campeã daquele ano.

A azul-e-branca também patinou em outras posições, das cinco primeiras às intermediárias. Em 2005, por pouco não foi rebaixada, com um desfile cheio de problemas: águia sem asas
(fato gravíssimo, em se tratando de uma das alegorias mais aguardadas do carnaval, senão a mais esperada de todas), evolução comprometida e sem a tradicional velha-guarda, que
foi impedida de desfilar. Resultado: 13º lugar, à frente apenas da Tradição, que voltou ao Grupo de Acesso A.

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